Análise: por que o Grêmio ficou no empate sem gols contra a Ponte Preta

No primeiro duelo pela Serie B, o tricolor voltou com um empate em 0x0 de São Paulo


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No sábado (9), o Grêmio foi a São Paulo enfrentar a Ponte Preta no Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas. Buscando iniciar com um bom resultado o Campeonato Brasileiro Serie B, o Tricolor não demonstrou um bom desempenho e acabou ficando com o empate.

Com um futebol reativo, o Grêmio cedeu a posse de bola para a Ponte Preta e se posicionou no 4-4-2 defensivo. Diferente do que estávamos acostumados a ver no time treinado por Roger Machado. No início do seu trabalho, a formação predominante estava sendo o 4-1-4-1, com Villasanti entre as linhas.

Contra a Ponte Preta, Diogo Barbosa sofreu com as investidas de Bernardo, principalmente quando Danilo Gomes se movimentava por esse lado. As investidas em cima do lateral gremista eram constantes, sabendo da sua dificuldade defensiva. 

Na imagem abaixo, podemos ver como Diogo Barbosa é obrigado a quebrar a linha de marcação, cedendo espaço para infiltrações.

O Grêmio sofreu com essa movimentação durante todo o primeiro tempo. Além disso, a Ponte Preta soube anular a saída de bola gremista. O meio campo, sempre muito acionado com Villasanti, Lucas Silva e Bittelo, funcionou pouco na partida. O momento que mais demonstrou a importância destes três jogadores foi aos dois minutos de partida.

A saída de três, bem executada com Bruno Alves, Geromel e Rodrigues. Villasanti, se movimentando na frente dos zagueiros, com Lucas Silva e Bittelo compondo a linha de cinco no ataque. A infiltração de Bittelo pela esquerda, somada à movimentação de Elias flutuando pelo mesmo lado, tirou a atenção dos defensores. Com isso, Lucas Silva aproveita o espaço para receber o passe, mas acaba finalizando para fora.

A partir desse momento, a Ponte Preta começa a ter mais atenção nesta movimentação, anulando o trabalho do meio campo. Sem saída pela direita, a opção era Diogo Barbosa. Mas com essa movimentação, corria o risco de sofrer o contra-ataque nas costas do lateral esquerdo.

No segundo tempo, a marcação gremista muda, e passa a ser no esquema 4-1-4-1. Com isso, o Grêmio consegue segurar as subidas pelos lados. Mas não consegue manter a posse de bola.

Quando a marcação se consolida, as outras movimentações começam a dar certo. Uma delas é a aproximação para construir as jogadas de ataque. Bittelo, Ferreira e Elias começam a se aproximar mais, executando mais triangulações para construir as jogadas de ataque. Em uma das oportunidades, Bittelo se desloca para o lado esquerdo, arrasta a marcação e abre espaço para Ferreira fazer a diagonal. Enquanto isso, Elias se posiciona para receber e fazer o pivô.

Apesar de uma melhora no segundo tempo, o Grêmio, novamente, não foi efetivo em suas finalizações. Foram 10 finalizações durante a partida, com apenas duas no gol. Um número muito baixo para quem buscava a vitória na arrancada do campeonato.

Algo que o Roger deverá corrigir é a tendência em atacar pelo lado esquerdo, deixando o Grêmio refém de apenas um setor. Talvez a entrada de Edilson irá corrigir essa movimentação. Com isso, Campaz também poderá crescer de produção, pois hoje, Rodrigues se preocupa mais em defender do que atacar, como mostram as imagens abaixo.

 

 

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