Ginecologista de Lajeado disponibiliza consultas de urgência para mulheres afetadas diretamente pelas enchentes

Candidíase, infecção urinária e sangramento vaginal são comuns em situações extremas como a vivida no Rio Grande do Sul


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Débora Bolsi de Vasconcelos (Foto: Gilson Lussani)

A médica ginecologista e mastologista Debora Bolsi de Vasconcelos acredita que repassar informações e dicas de saúde é uma forma de auxiliar a população em momentos como o que o Rio Grande do Sul vive neste momento.

Vendo e vivenciando a angústia dos conterrâneos do Vale do Taquari, a médica resolveu disponibilizar consultas de urgência ginecológica, que contemplam candidíase, infecções urinárias e sangramento vaginal. O agendamento pode ser feito por telefone ou WhatsApp (51) 995909188, com prioridade para mulheres que foram diretamente impactadas, perdendo sua casa e seus pertences.

Débora ressalta que esses casos são muito comuns devido o contato com a água, o estresse e a impossibilidade da mulher realizar uma higiene adequada. “E um trabalho de formiguinha, mas cada um ajuda como pode”, destaca Débora.

Nas dicas dadas através das redes sociais, a médica evidencia os protocolos adotados durante a catástrofe, especialmente as ações adotadas no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. O contexto de uma enchente é propício para o desenvolvimento de doenças como a leptospirose, uma vez que a água pode conter a urina de roedores que são transmissores da doença.

Febre de início abrupto, dor de cabeça, mialgia em especial nas panturrilhas, náuseas e vômitos são os principais sintomas. Quando a doença evolui, pode ter icterícia, conjuntivite, deficiência renal e episódios de hemorragias

É indicado que as pessoas que tiveram contato com água ou lama da enchente, usem EPI: luvas, botas, roupas de mangas longas, etc. A profilaxia com antibióticos é recomendada para quem teve alta e prolongada exposição a enchente e pessoas com ferimentos na pele.

Além da leptospirose, também aumentam os casos de resfriados devido às aglomerações nos abrigos e as temperaturas mais baixas. Em crianças, é comum o surgimento de piolho, sarna e alergias

Débora recomenda que as pessoas mantenham a medicação contínua e compareçam às consultas e aos exames de rotina. Os serviços de saúde continuam, apesar das dificuldades, e as pessoas precisam continuar se cuidando.

Outras dicas podem ser conferidas no Instagram da doutora Débora, através do @dradeborabolsidevasconcelos_

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