Após a devastação causada pela enchente de maio, é fundamental, segundo o Arranjo Produtivo Local (APL) Alimentos e Bebidas Vale do Taquari, o restabelecimento da logística regional, a liberação de linhas de crédito para as empresas atingidas, a manutenção dos empregos e a agilidade na liberação de licenças para os negócios que tiveram as suas plantas colapsadas e que agora precisam mudar de endereço, reconstruir em outro lugar.
Essas prioridades foram elencadas pelo integrante da coordenação do APL, Ivandro Carlos Rosa, em entrevista ao Redação no Ar desta quinta-feira (13). Conforme ele, as empresas não devem esperar pelo menos seis meses por uma licença. “Não podemos ficar com uma planta industrial seis meses paralisada”, diz ele, em função da burocracia para o começo das atividades em outro local.
Segundo Rosa, as empresas estão na expectativa para que sejam operacionalizadas as linhas de crédito prometidas pelo governo federal, um problema que enfrentam desde a enchente de setembro de 2023. O integrante do APL Alimentos e Bebidas diz que é uma fase de muita apreensão. “O drama do empresário ainda continua. Ele tem a sangria das despesas, mas ainda não teve o suporte até o momento”, lamenta.
Conforme ele, há categorias diferentes de impactos nos negócios, assim como também há distinções nas possibilidades de acessos a recursos. Empresas em cidades em situação de calamidade devem ter linhas de crédito mais acessíveis, enquanto aquelas situadas em municípios em calamidade, as possibilidades não são tão vantajosas.
Uma cidade em situação de calamidade é aquela que teve danos em toda a sua extensão, já em emergência, o impacto foi mais localizado. Para ilustrar, é o caso de Estrela (calamidade) e Teutônia (emergência).
Texto: Tiago Silva
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