A engenheira florestal e secretária estadual do Meio Ambiente, Marjorie Kauffmann, 41 anos, é a laureada na categoria “Meio Ambiente” no Troféu Mulheres da Década.
Marjorie Kauffmann já era secretária do Meio Ambiente no final do primeiro mandato do governador Eduardo Leite e foi convidada para permanecer no cargo. Ela é Engenheira Florestal pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), mestre em Ambiente e Desenvolvimento pelo Centro Universitário Univates e doutora em Geociências pela Unicamp.
Marjorie também trabalhou em projetos na área de infraestrutura, como estradas, pontes e hidrelétricas. Na administração municipal de Lajeado foi diretora da Secretaria do Meio Ambiente em 2017 e 2018. No primeiro governo de Eduardo Leite, presidiu a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), entre 2019 e 2022, assumindo na sequência a secretaria estadual.
Entre as mais recentes ações, apresentou projetos do Rio Grande do Sul para o meio ambiente na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27), que ocorreu em novembro do ano passado no Egito.
Ao olhar a sua trajetória, Marjorie reconhece a importância do aprendizado obtido na universidade e através dos intercâmbios. “Eu já fiz muitas coisas nesta vida, mas tenho certeza que a universidade foi um divisor de águas. Não passei no primeiro vestibular, o que serviu para amadurecer a minha decisão. Durante a vida acadêmica fiz três intercâmbios, um para Portugal, outro para Alemanha e o último para o Brasil do Norte, em Tocantins. Cada passo foi multiplicando as oportunidades, o meu desejo de conhecer o mundo calcado em pragmatismo e essa dedicação, foi recompensada com pluralidade. O que me marcou e tem se confirmado a cada dia, é o quanto dá certo quando a gente faz o que gosta e como às vezes um ‘não’ é apenas um redirecionamento que leva a um destino infinitamente melhor”, detalha.
Sobre a trajetória das mulheres, Marjorie acredita que a maior barreira está nas próprias mulheres. “Precisamos organizar os nossos desejos e entender que toda escolha é uma renúncia. No momento em que a gente escolhe ser e isso não serve só para política, e se dedica verdadeiramente a isso, a gente é. Estar na política por competência já derruba uma série de barreiras”, observa. “Cada escolha é uma ou várias renúncias, por isso esta conciliação é desafiadora e exige compreensão de todos e muita disposição. Cada minuto precisa ser aproveitado e valorizado. Mas é um aprendizado diário. Meu pai me descrevia como alguém que tinha asas nos pés, que era inquieta. Mas acho que eu sou uma mulher, como tantas outras, produto de suas vivências. Alguém que tenta todos os dias acertar, como pessoa, como mãe, como mulher, como profissional, mas que acima de tudo adora inovação, culturas e ama a vida”, ressalta.
