“Nem parece aquele monstro que nos assustou naqueles dias”, afirma prefeito de Putinga sobre Barragem Santa Lúcia

Lago da estrutura está com 15% da capacidade após risco de rompimento no mês de maio


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Lago da Barragem Santa Lúcia (Foto: divulgação)

As fortes chuvas do mês de maio deste ano deixaram destruição em diversos municípios do Vale do Taquari atingidos por enchentes e deslizamentos. Na parte mais alta da região, uma das cidades atingidas foi Putinga, onde o Arroio Putinga invadiu a área central, causando prejuízos ao comércio e destruindo residências. Na época, houve o risco de rompimento da Barragem Santa Lúcia, que fica em um desnível de 180 metros acima da área urbana do município. O prefeito, Paulo Lima, concedeu entrevista ao programa Panorama desta quinta-feira (13) e explicou que medidas de segurança foram tomadas e atualmente o lago da estrutura está com apenas 15% da capacidade para evitar maiores problemas.

As providências tiveram o aval da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), da Defesa Civil e da Secretaria do Meio Ambiente do Estado. “Hoje nós abrimos, praticamente ela está com níveis hídricos bastante reduzidos, comparado com ela mesma, eu acho que ela está com 15% da capacidade que outrora esteve”, revelou o prefeito. Também foram abertos outros locais de drenagem, para que o nível do lago da barragem fique bem abaixo e não gere problemas com futuros eventos climáticos. “E hoje ela está lá, quietinha, nem parece aquele monstro que nos assustou naqueles dias”, ressaltou Lima.

A estrutura da Barragem Santa Lúcia está no limite de Putinga e Ilópolis. Ela não está ativa e o lago é utilizado para passeios e pescarias, além de servir de habitat para a fauna local. Está sendo debatida com a Fepam a regulação de um sistema permanente de drenagem do lago da barragem, com a abertura e fechamento de acordo com períodos de chuvas ou de seca. A ideia ainda é de reconstituir as paredes danificadas.

Paulo Lima (Foto: divulgação)

Paulo Lima esclareceu que não há risco de ruptura ou mesmo de subir aos níveis do início de maio, mesmo com chuvas mais volumosas, como a que está prevista para o fim de semana. “Em relação à barragem estamos muito tranquilos, podemos deitar a cabeça no travesseiro com a maior tranquilidade”, considerou o prefeito.

Com relação às casas destruídas pelas chuvas, o Estado sinalizou com a possibilidade da construção de 15 moradias. O terreno fora da área de risco será de responsabilidade do município, com a estruturação do saneamento básico e fornecimento de luz e água. Em paralelo, estão sendo restabelecidas estradas do interior. No primeiro momento a atenção está voltada às vias que são utilizadas para o escoamento da produção e com o roteiro de atendimento do transporte escolar. Posteriormente as estradas vicinais também serão recuperadas.

Texto: Gilson Lussani
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