Precisamos reforçar o espírito comunitário para não perder a esperança

Um ajuda o outro, e assim, juntos, ficamos mais fortes


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Closeup of diverse people joining their hands

Nos últimos dias, tenho observado muita gente falar que perdeu a esperança a partir dessa tragédia ambiental que mudou nossa vida desde o início deste maio de 2024 no RS.

Resolvi compartilhar aqui uma lembrança da minha história para poder refletir com vocês. Quando era adolescente, eu e familiares resolvemos visitar uns parentes que moravam no interior da hoje cidade de Poço das Antas. A decisão da visita foi tomada de última hora, em família, e partimos para lá em comboio, com tios, tias, avó e primos. Chegando lá, imagina que aquelas pessoas, pegas totalmente de surpresa, não estavam preparadas para nos receber.

O que chamou minha atenção naquela ocasião? Que as vizinhas, atentas à situação, e empáticas, começaram a surgir de suas casas com pratos repletos de doces, cuca, bolo, bolachas. Ninguém precisou pedir ajuda ou dizer o que precisava. As vizinhas buscaram minimizar o constrangimento daquela família que não teria algo para oferecer às visitas. Logo, havia uma mesa cheia de guloseimas.

Eu jamais esqueci o que vi ali, um verdadeiro espírito comunitário. E é isso que precisamos reforçar agora aqui no Vale do Taquari e nas outras regiões afetadas do estado.

Se hoje eu tenho algo sobrando, disponibilizo a você, que está precisando. Amanhã, podemos estar em situações diferentes. Um ajuda o outro, e assim, juntos, ficamos mais fortes.

Tamara Bischoff, psicóloga e jornalista

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