Produtores de outros estados auxiliam no fornecimento de alimentos para propriedades afetadas pelas enchentes no Vale do Taquari

Centros de distribuição estão localizados em Lajeado e Teutônia para abastecer municípios do Vale do Taquari


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Martin Schmachtenberg e Cristiano Laste (Foto: Gilson Lussani)

Até o último fim de semana, mais de 150 carretas com doações de alimentos direcionados às propriedades rurais haviam chegado ao Rio Grande do Sul. O material é proveniente de outras regiões do estado e que não foram afetadas pelas enchentes de maio e, principalmente, de Santa Catarina e do Paraná. Estima-se que os valores repassados ultrapassem R$ 3,5 milhões. O Vale do Taquari possui centros de distribuição para fazer a triagem e o encaminhamento dos materiais.

O gerente regional da Emater/Ascar, Cristiano Laste, e o assistente técnico, Martin Schmachtenberg, concederam entrevista ao programa Panorama desta sexta-feira (14) e relataram que existem centros de distribuição montados em Lajeado e Teutônia. Os alimentos são separados e levados para toda a região afetada pelas cheias. “Teve bastante dificuldade no início pela falta de acesso, muitas pontes destruídas, que a água levou, então a distância aumentava bastante”, lembrou Schmachtenberg. Com o passar das semanas as estradas foram recuperadas, pelo menos de forma provisória, para que o auxílio pudesse chegar até os produtores.

Cristiano Laste (Foto: Gilson Lussani)

Laste elogiou o trabalho de arrecadação, que continua acontecendo nas áreas rurais, principalmente de Santa Catarina e do Paraná. O material sai das propriedades, oriundos de uma reserva que era feita pelos agricultores. “Ele foi doado de um produtor que tirou da reserva técnica dele, dos alimentos que ele tinha para os animais dele”, relatou o gerente regional da Emater.

Martin Schmachtenberg (Foto: Gilson Lussani)

Com relação a situação dos agricultores que perderam casas, galpões, estruturas de produção e até as lavouras, a orientação é que se evite reconstruir no mesmo local. Análises estão sendo realizadas para auxiliar a tomada de decisões, já que muitos pensam em desistir da atividade. “A preocupação que nós estamos vendo agora é que muitos produtores estão pensando, estão analisando o que fazer. E alguns até vão se encaminhar para outras áreas e o que nos preocupa é a questão da produção de alimentos”, relatou Laste.

Texto: Gilson Lussani
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