Psicóloga fala do acolhimento dos familiares das vítimas da enchente no DML de Lajeado

Janaína reconhece que há muito ruído de comunicação, com informações desencontradas que ampliam o sofrimento e dificultam a vivência do luto


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Foto: Carolina Leipnitz

Em meio à tragédia climática e humanitária com a maior enchente da história do RS, o programa Papos de Mulher deste sábado (11) conversou com a psicóloga Janaína Fornari de Oliveira. Ela é voluntária da Rede de Apoio Psicossocial (RAP) e coordena o acolhimento das famílias no Departamento Médico-Legal (DML) em Lajeado, para onde os corpos das vítimas da cheia são transferidos para a identificação oficial.

Neste local, as pessoas vão em busca de informações e no intuito de fazer o reconhecimento. Porém, este processo é feito por meio das digitais (exame papiloscópico) e do DNA.


ouça a entrevista

 


Apresentadora Aline Silva e a psicóloga Janaína Fornari de Oliveira (Foto: Tiago Silva)

Um dos papéis da psicóloga é fazer essa explicação da melhor forma possível para a compreensão dos familiares, sem utilizar termos que possam gerar ainda mais dor.

Janaína reconhece que há muito ruído de comunicação, com informações desencontradas que ampliam o sofrimento e dificultam a vivência do luto, o que pode gerar reflexos emocionais drásticos no futuro. Ela chama atenção para o suicídio, quando a pessoa não consegue conviver com a sua dor interior.

Em episódios dramáticos como uma catástrofe, há pessoas que não atentam contra sua própria vida de imediato porque querem velar os corpos de seus entes queridos primeiro. Por isso tudo, Janaína defende um olhar e uma acolhida especial, sensível e humanizada para quem fica.

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