Quanto investes para manter as tuas amizades ativas?

A reflexão está no livro “Precisamos no ver mais – um relato esclarecedor e divertido sobre por que os homens precisam de amigos homens”.


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Foto: Ilustrativa/Reprodução

Ao ser convocado para escrever uma matéria sobre a epidemia de solidão na meia-idade, o jornalista Billy Baker achou que não era a pessoa certa para a tarefa. Afinal, era extrovertido, sociável e tinha muitos amigos. Pelo menos achava que tinha. A reflexão está no livro “Precisamos no ver mais – um relato esclarecedor e divertido sobre por que os homens precisam de amigos homens”.

Pesquisando mais sobre o assunto, o autor percebeu o vazio que o distanciamento dos amigos causara em sua vida. Ele praticamente não tinha amizades ativas. Os amigos do passado tinham a ver com atividades das quais participava à época. Companheiros do futebol, da escola, do serviço militar. Diante disso, ele concluiu que homens formam suas amizades de conexões profundas em períodos de interação intensa, e, quando eles deixam de participar desses grupos, não costumam seguir cultivando tais relações.

Outra constatação do autor é de que mulheres conversam cara a cara, homens lado a lado. Bancos de bar e cadeiras são projetados para isso. Mesmo em situações em que os homens sentam à mesa, eles naturalmente ajeitam as cadeiras de modo a olhar na mesma direção, observando o mundo juntos.

O livro termina com a seguinte cena. Billy recebe uma mensagem de um amigo com quem ele ativou a amizade dos tempos da adolescência. Já era tarde da noite. Ele ficou assustado e imaginou o pior. Mas, o amigo queria conversar, estava precisando desabafar sobre a sua vida conjugal. Num primeiro momento, Billy ficou chateado. Se isso era hora de acordar alguém. Contudo, a esposa disse que ele precisava compreender que tinha reativado uma amizade profunda, dessas em que a gente se sente à vontade pra acordar um amigo de madrugada. Isso me lembra de uma frase de Clarice Lispector: “Com uma amiga chegamos a um tal ponto de simplicidade ou liberdade que às vezes eu telefono e ela responde: não estou com vontade de falar. Então eu digo até logo e vou fazer outra coisa.”

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