Vereadores de Lajeado destacam trabalho dos voluntários e reconstrução  da cidade pós-enchentes

Dois projetos de lei que visam a contratação de monitores de creche foram aprovados em regime de urgência na sessão desta terça-feira (14)


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Sessão da Câmara de Vereadores de Lajeado desta terça-feira (14) (Foto: Gabriela Hautrive)

Os vereadores de Lajeado voltaram a se encontrar em sessão ordinária nesta terça-feira (14). Após uma nova enchente no final de semana, somada a todos os estragos da enchente catastrófica do início de maio, o assunto mais debatido no encontro foi as consequências deixadas pela destruição das águas na cidade.

Foi exaltado principalmente o trabalho voluntário que tem sido essencial neste momento, conforme os vereadores. Além disso, falaram sobre as medidas para que possa ser feita a reconstrução da cidade, nas mais diferentes frentes, com auxílio financeiro, alimentação, limpeza e novas moradias.

Também pediram atenção para aqueles que não perderam suas casas, mas perderam seus empregos e precisam de ajuda neste momento. Dos projetos de lei apreciados na sessão, dois foram aprovados e um teve pedido de vista solicitado pelo vereador Marquinhos Schefer (MDB). Foram aprovadas as propostas, em regime de urgência e por acordo de lideranças dos partidos, que visam a contratação de dois monitores de creche.

O presidente da Câmara, Lorival Silveira (PP) colocou o poder legislativo à disposição da prefeitura para ajudar na reconstrução da cidade. “A Câmara de Vereadores está à disposição – e sei que vocês concordam – do Executivo para discutirmos e buscarmos alternativas em conjunto. E que as pessoas não percam o essencial, que é a esperança que nós vamos reerguer essa cidade juntos”, ponderou.

Organização, voluntariado, ajuda para empresas e união

Todos os vereadores que se manifestaram na sessão falaram sobre as consequências da enchente. Paula Thomas (PSDB) exaltou o trabalho voluntário que está sendo feito por prefeitos de Santa Catarina. “Que coisa linda que esses caras estão fazendo com a gente. Eles estão adotando cidades e aí vem um ponto que é importante, eles estão entendendo as necessidades de cada cidade e suprindo as necessidades de cada cidade, se é máquina, se é mão de obra, se é necessidade de algum item específico”, destaca.

Já Jones Barbosa – Vavá (MDB) destacou que é preciso dar atenção a todos, não somente às famílias atingidas, mas também para quem precisa de alimentação e auxílio por não estarem trabalhando. “O município de Lajeado tem que pensar como um todo, Lajeado está pedindo socorro em todas as áreas”.

Marquinhos Schefer (MDB) chamou a atenção para os preços abusivos em alguns locais, principalmente em supermercados, e pediu para que a Defesa Civil  leve mais a sério as previsões meteorológicas feitas pela MetSul. O também emedebista, Carlos Eduardo Ranzi (MDB), pediu união de todos, independente de partido, e sugeriu a criação de uma cozinha central para atender a demanda de alimentação, o que já acontece no município de Estrela.

Já Eder Spohr (MDB) tentou falar sobre a enchente, mas se emocionou e passou a palavra. Alex Schmitt (PP) se solidarizou a todos que perderam algum familiar, amigo, casa ou empresa. Deoli Gräff (PP) destacou que todos precisam de ajuda, pessoas que perderam suas casas e empregos. Ana da Apama (PP) sugeriu que seja ampliado o horário de atendimento a pessoas que estão sendo atendidas pelo Cadastro Único, que está sendo no horário de expediente da prefeitura, com 80 atendimentos por dia.

Fabiano Bergmann – Medonho (PP) disse que o momento é para dar forças para as pessoas. “Dar condições de saúde, alimento, medicamento e casa digna em local seguro”. Sérgio Kniphoff (PT) destacou que o problema não termina agora. “Vamos demorar alguns anos para sair disso, porque não é só o Vale, é todo o RS”. Já Heitor Hoppe (PP) ressaltou que o momento é de união e encaminhamento e depois sim organizar o retorno que levará bastante tempo.

(Foto: Gabriela Hautrive)

Reconhecimento aos governos e isenção para ponte

Isidoro Fornari Neto (PP) fez um reconhecimento ao secretário de Comunicação Institucional do Governo Federal, Maneco Hassen e ao secretário de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano do Governo do Estado, Rafael Mallmann, pelas articulações que ajudam nos processos burocráticos. Além disso, Fornari sugeriu que o município abra mão da taxa do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) dos valores e serviços que serão executados na ponte de ferro. “É pouco, mas tudo o que vier reduzir os custos dessa obra viabiliza a execução”.

(Foto: Gabriela Hautrive)

“Não precisei trazer o chinelo”

O vereador Waldir Blau (MDB), que na semana passada disse que o secretário da Saúde de Lajeado, doutor Cláudio Klein, precisava “apanhar de chinelo”, por ter tirado a vacinação do Bairro Olarias, disse nesta terça-feira que não precisou levar o chinelo, pois a vacinação foi retomada. “Eu não precisei trazer o chinelo hoje, porque hoje à tarde retomou a vacinação”, destacou. Cinco bairros são atendidos no local, conforme o vereador. O serviço havia sido transferido para o Bairro Campestre.

Texto: Gabriela Hautrive
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