O colega Paulo Rogério foi quem me incentivou a escrever crônicas, logo quando me formei em Jornalismo e fui contratada pela Rádio Independente, em 2000. Dizia que era para eu colocar as ideias próprias nas participações no ar, contar histórias e refletir sobre elas. Ele tinha um olhar de aposta acerca do meu jeito de ver a vida e eu acreditei fortemente nisso.
Nesses anos todos, contei inúmeras vivências, falei de muitos livros e compartilhei impressões acerca da existência. Também publiquei dois livros e teria material disponível para mais alguns. Fiz vários quadros: Um minuto de Atenção, Crônicas e Anexos, Oportunidades e Páginas Cotidianas, totalizando quase 24 anos de participação contínua no programa “Acorda Rio Grande”.
Minha voz ficou conhecida na região, ganhei visibilidade e isso me trouxe muitos benefícios, especialmente quando migrei do Jornalismo para a Psicologia. Dos pacientes que tenho, a grande maioria já me conhecia por conta do meu trabalho na rádio. Sou grata por isso. Em um novo momento da vida, onde tenho me dedicado com mais ênfase à área da Psicologia, a emissora me alcança uma significativa oportunidade de fazer um programa voltado para a saúde mental e a arte. “Vivos e Lúcidos” estreia na próxima terça, das 20 às 21 horas, na Independente.
Será apresentado semanalmente por mim e pelo meu filho Lucas Becker Delwing, que é historiador e acadêmico de Psicologia da Univates. Por conta disso, deixo de participar do programa “Acorda Rio Grande” para assumir este novo projeto, e espero a presença dos ouvintes que me fizeram companhia durante esses anos todos em que apresentei crônicas no ar.
