Colinas busca aprimorar plano de prevenção de enchentes

Cheia de setembro deste ano atingiu 25% dos imóveis do município


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Sandro Herrmann e Edelbert Jasper (Foto: Moisés Ely)

O programa Panorama desta terça-feira (7) esteve em Colinas, um dos municípios do Vale do Taquari atingidos pela enchente catastrófica do início do mês de setembro deste ano. Foram 177 casas afetadas, o que representa 25% das residências da cidade. O prefeito, Sandro Herrmann, e o secretário de Educação, Cultura, Turismo e Desporto, Edelbert Jasper, falaram sobre a cheia e as medidas que estão sendo tomadas para prevenir situações futuras.

A remoção das famílias iniciou às 13h da segunda-feira, dia 4 de setembro, com base na análise do comportamento dos afluentes do Rio Taquari. Edelbert Jasper, que é conhecedor do comportamento do rio e seus afluentes, relatou que na parte da manhã já havia a previsão de que a cheia poderia se aproximar dos 30 metros (medida com base no Rio Taquari em Estrela). Integrantes da Defesa Civil e as agentes de saúde passaram nas casas que seriam atingidas para alertar os moradores.

Com relação às demandas da população, Sandro Herrmann lamentou que ainda há demora na elaboração de medidas concretas e no repasse de auxílio por parte dos governo Federal e Estadual. “A velocidade de resposta que as famílias atingidas é uma e a velocidade de liberação de recursos e de atendimento que passa por uma burocracia bastante grande é outra”, considerou o prefeito.

Até mesmo na elaboração de ações preventivas de novas enchentes, há certa morosidade para um plano mais assertivo para a Bacia Hidrográfica Taquari-Antas. Ele lembrou que são mais de dez anos de discussões, com algumas evoluções. No entanto, ainda é preciso maior rapidez por parte dos órgãos envolvidos. Edelbert Jasper salientou que é necessário maior envolvimento com moradores do Vale do Taquari. “Deve-se ouvir as pessoas que conhecem o rio”, reforçou.

Dos 177 imóveis atingidos em Colinas, dez foram totalmente destruídos e 13 condenados. As famílias foram realocadas em casas de familiares e amigos. O projeto de construção de novas residências está em andamento em um local não alagável. A maioria dos estabelecimentos comerciais e industriais retornaram ao trabalho. GL

Texto: Gilson Lussani
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