Um inquérito da ONU concluiu nesta quarta-feira que tanto Israel quanto o Hamas cometeram crimes nos estágios iniciais da guerra em Gaza e que as ações de Israel também constituíram crimes contra a humanidade devido às imensas perdas de civis.
As conclusões foram tiradas de dois relatórios paralelos da Comissão de Inquérito da ONU, um com foco nos ataques de 7 de outubro e outro na resposta de Israel.
A guerra começou em 7 de outubro, quando militantes liderados pelo Hamas, o grupo islâmico que governa Gaza, mataram 1.200 israelenses e fizeram mais de 250 reféns, de acordo com os registros israelenses.
Segundo o Hamas, a retaliação militar de Israel causou a morte de mais de 37 mil palestinos, deslocou a maior parte da população de Gaza, que é de 2,3 milhões de pessoas, causou fome generalizada e devastou moradias e infraestrutura.
Cessar-fogo
Negociadores de Estados Unidos, Egito e Catar vêm tentando há meses mediar um cessar-fogo e libertar os reféns, dos quais acredita-se que mais de 100 permaneçam em cativeiro em Gaza.
Izzat al-Rishq, membro do gabinete político do Hamas, disse que sua resposta formal a uma proposta de cessar-fogo dos EUA delineada pelo presidente dos EUA, Joe Biden, em 31 de maio, foi “responsável, séria e positiva” e “abre um amplo caminho” para um acordo.
Mas uma autoridade israelense afirmou na terça-feira, sob condição de anonimato, que Israel havia recebido a resposta por meio dos mediadores e que o Hamas “mudou todos os parâmetros principais e mais significativos” e “rejeitou a proposta de libertação de reféns”.
Fonte: G1