Político ou estadista: qual deles precisamos?

Há muitas pessoas boas que já ocupam cargos públicos e muitos outros que se lançarão na busca por uma oportunidade de apresentar seu trabalho. Mas como escolher uma boa pessoa?


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Gustavo Bozetti (Foto: Eduarda Lima)

Estamos em ano eleitoral e por mais quatro anos seremos impactados pelas escolhas que faremos. Sabemos que os poderes legislativo e executivo (além do judiciário) são de crucial importância para a construção de uma nação melhor e mais próspera. São estes os poderes eletivos que constroem as leis e executam os projetos que impactam diretamente nossas vidas. Este ano serão eleitos 5.570 prefeitos, mesmo número de vice-prefeitos e mais, aproximadamente, 58.000 vereadores, cujas decisões e ações impactarão a vida de mais de 215 milhões de brasileiros.

Porém, o que se percebe é que a fama da classe política não anda nada bem por aqui. Muitos são os ruídos que interferem nisso. Há aqueles que não sabem se comunicar, outros que não fazem jus ao cargo que ocupam, há os que não cumprem a liturgia do cargo e também existem aqueles que se corrompem para obter ganhos escusos, servindo-se do poder ao invés de servir. Em função do longo tempo que impera essa triste realidade, a reputação da classe se instalou, causando descrédito absoluto.

Mas como mudar isso? Através do voto com consciência coletiva e com sabedoria. Somente entregando essa poderosa função para pessoas qualificadas é que conseguiremos mudar esse cenário. Há muitas pessoas boas que já ocupam cargos públicos e muitos outros que se lançarão na busca por uma oportunidade de apresentar seu trabalho. Mas como escolher uma boa pessoa? Tudo começa por uma profunda análise da vida pregressa do candidato. Optar por quem possui reputação ilibada é uma boa maneira de triagem. Mas apenas isso não basta. Precisamos observar a capacidade técnica e a inteligência comportamental da pessoa que cumprirá a função. No mundo corporativo, o casamento entre a função e a pessoa mais preparada chama-se “gestão por competência”. Porém, na iniciativa privada, quem elege a pessoa que ocupará o cargo, normalmente, é um processo seletivo robusto e criterioso. No poder público, não.

Para tornar ainda mais relevante este processo, precisamos, aqui no Rio Grande do Sul, compreender que estamos em período pós catástrofe, o que torna ainda mais importante este processo e essa escolha. É um oportuno momento de compreender o que diferencia o “político” do “estadista”. O estadista prioriza a credibilidade do futuro, enquanto o político (tradicional) prioriza a popularidade do presente. Popularidade é igual desodorante: uma hora vence e deixa mau cheiro. Para construirmos um estado forte, precisamos de estadistas ocupando cargos públicos. Somente assim teremos a garantia de um futuro melhor. Caso contrário, teremos que lidar com a consequência de escolhas mal feitas e duvidosas. E você? Já está analisando para quem entregará o seu importante voto de confiança? Pense nisso. Forte abraço e até a vitória, sempre.

Texto por Gustavo Bozetti (@gustavobozetti), diretor da Fundação Napoleon Hill e MasterMind RS

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