“Cada caso é um caso”, diz advogado sobre coberturas de seguro em perdas causadas pela enchente

De acordo com Giovani Lucian, ainda não se sabe se o ciclone extratropical poderá ser usado como causa nas petições


0
Giovani Lucian (Foto: Fernanda Kochhann)

A revelação dos prejuízos provocados pela enchente gera preocupação em quem teve perdas de patrimônio. Em entrevista à Rádio Independente na manhã desta quarta-feira (15), o advogado Giovani Lucian falou sobre questões relacionadas às apólices de seguro de imóveis e veículos.

De acordo com ele, cada caso é analisado seguindo suas particularidades. Em situações de financiamento habitacional, por exemplo, a cobertura no caso de danos provocados por eventos climáticos é prevista no contrato e praticamente obrigatória.

Já para veículos, a maioria possui cobertura nas entrelinhas. Conforme Lucian, o seguro compreensivo costuma abranger eventos da natureza. “Às vezes não está escrito alagamento, inundação, submersão em água ou outro líquido, mas nas normas de seguro aprovadas pela Susep deveria compreender inudação”, explica.

Nas enchentes de setembro e novembro de 2023, o ciclone extratropical foi a causa utilizada nas petições e garantiu, em sua maioria, diversos acordos, alguns em que a cobertura foi até maior do que o previsto no contrato. Lucian classifica esses resultados como “receio das seguradoras de que comecem a surgir sentenças favoráveis aos segurados naquele evento”.

Já nas duas enchentes registradas entre abril e maio deste ano, não se sabe ao certo se esse fator climático específico é tido como a causa principal das perdas. “Temos a participação de um ciclone extratropical que circundou a região, não teria uma definição que seria a causa principal, mas não se descarta a possibilidade”, explica o advogado.

De modo geral, a regra básica é comunicar as seguradoras, que a partir disso farão um processo de regulação do sinistro. EL

DEIXE UMA RESPOSTA

Digite seu comentário!
Por favor, coloque o seu nome aqui