Dia da proteção das florestas

Normalmente, uma floresta leva 100 anos para chegar no seu ponto de maior desenvolvimento


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Foto: Freepik

No próximo domingo, 17 de julho, é comemorado o “Dia Internacional da Proteção das Florestas”. Este conjunto vegetal é formado por árvores e outras plantas em extensas áreas. Há outras definições, mas a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) considera florestas aquelas com áreas acima 0,5 hectares.

Normalmente, uma floresta leva 100 anos para chegar no seu ponto de maior desenvolvimento. Inicia com a fase “pioneira” com plantas rasteiras como gramíneas, arbustos e inços. Depois, a fase de “capoeiras” com vegetação até 3 metros, seguindo-se o capoeirão. Passa a ser considerada floresta com cerca de 20 metros e mata fechada.

Ali, está boa parte da biodiversidade com muitas plantas e animais constituindo os ecossistemas, influenciando na formação do clima e nos regimes de chuvas. Também é nelas que acontece a absorção do Gás Carbônico-Co2 da atmosfera, a fotossíntese e a formação de matéria orgânica, parte fundamental do solo e base de nossos cultivos. Tem influência importante no abastecimento da água, agricultura, pesca, energia elétrica, alimentação, turismo, etc.

Na nossa terra, cerca de 31% tem cobertura vegetal com florestas, mas, só a metade está em boa condição de conservação. Metade das áreas reflorestadas estão no Brasil, Canadá, China, Rússia e EUA.
Depois que destruíram boa parte de suas florestas, principalmente da Europa, o Brasil e África são considerados como reservas florestal. Cerca de 60% do território brasileiro ainda mantém cobertura florestal, representando ao redor de 500 milhões de hectares. Sendo 97% desta área naturais e os outros 3% de reflorestamento.

A floresta Amazônica é a maior do Brasil e tem sido polêmica quanto seu uso. O desmatamento gera críticas e novamente bateu o recorde no primeiro semestre de 2022 chegando mais de 3.988 km², segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Outra floresta importante é a “Mata Atlântica”. Ela faz parte de 17 estados brasileiros, inclusive o RS, cobrindo 13% do território. Hoje restam apenas 12,4% da área original. Atualmente é ocupada por 62% da população brasileira, onde a principal causa do desmatamento foi o crescimento urbano.

No Rio Grande do Sul, a estimativa é que temos um pouco mais de um milhão de hectares de Mata Atlântica, representando cerca de 7,8% em comparação a mata original. Ainda temos o bioma Pampa sobre 2,3% do território do estado.

No Vale do Taquari restam poucas áreas com Mata Atlântica, nas partes mais dobradas e algumas partes com a fase de capoeiras ou capoeirão, principalmente pelo abandono de atividade. Alguma coisa de mata ciliar nas margens dos rios e arroios. Todas precisando de recuperação e adensamento. Talvez isto seja nossa grande tarefa, melhorar e preservar o que temos ainda e partir para o replantio de nativas.

Texto por Nilo Cortez, engenheiro agrônomo

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