Com o tema “Garantir direitos e defender o SUS, a vida e a democracia – amanhã vai ser outro dia”, ocorreu na manhã desta quinta-feira (23), a Pré-Conferência Municipal da Saúde, de Estrela, na Câmara de Vereadores. Na oportunidade foram destacados os objetivos, os eixos e elencadas algumas demandas do município.
“Nós fizemos uma roda de conversa e entregamos um formulário para os participantes, para que eles nos tragam algumas demandas e sugestões para a conferência do município. Eles vão conversar com as entidades, comunidades, vizinhos, família e trazer sugestões. Esse formulário deve ser entregue até o dia 13 de março na Secretaria da Saúde ou então ser encaminhado por e-mail. Nós vamos condensar os dados para a conferência municipal que ocorre no dia 16, com a apresentação das propostas e a eleição dos delegados que irão participar da conferência Estadual”, explica a coordenadora da saúde, Regiane Mollmann.
A Conferência Municipal acontece na Câmara dos Vereadores, das 8h ao meio-dia e toda a comunidade está convidada para participar. As propostas serão apresentadas e enviadas para a Conferência Estadual.
O Secretário da Saúde, Celso Kaplan, também participou do evento e citou alguns gargalos presentes na área da saúde, em Estrela. “Nós temos o financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS), que está com uma tabela defasada há mais de 20 anos. O mesmo acontece com exames de sangue, fisioterapia e assim por diante”, destaca. “Mas também temos gargalos para enfrentar, como a falta de cobertura de algumas partes dos nossos bairros pelo programa Estratégia Saúde da Família (ESF). Nós vamos ter que trabalhar para aumentar esse número de cobertura, que hoje se resume de 33 a 35%. Um dos grandes bairros é o Boa União, que precisa ter cobertura, uma vez que lá temos mais de sete mil habitantes concentrados”, relata.
O secretário também citou que é necessária a busca ativa e o acompanhamento das gestantes; a cobertura vacinal, já que muitos deixaram de fazer as vacinas durante a pandemia, principalmente as crianças; as cirurgias eletivas reprimidas e a oncologia, que possui uma fila de mais de 200 pessoas que aguardam por cirurgia.
Outro setor que necessita atenção é a saúde mental. “O Capes não tem mais como suportar a grande demanda que tem. Nós temos um espaço limitado e os nossos profissionais estão em exaustão. Precisamos ter uma maior abrangência para dar cobertura, mas também precisamos ter profissionais com a saúde mental boa e para poder dar atendimento qualificado a estas pessoas”, ressalta.
Kaplan também destacou que no dia 27 haverá uma audiência com a Secretaria Estadual da Saúde sobre a traumatologia regional, pois o Hospital de Estrela, juntamente com o município, está buscando a média e a alta complexidade na traumatologia.
Além de todas estas demandas, o secretário relatou que é necessário trabalhar a prevenção. “Temos que fortalecer o SUS, mas ter consciência de que só tratar não vai resolver, temos que fazer um trabalho de prevenção, de busca ativa dos casos e alcançar os objetivos para a qualidade da saúde pública”, comenta.
- Participantes irão promover o debate nas suas comunidades (Foto: Elisangela Favaretto)
Texto: Elisangela Favaretto
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