Assisti a uma série sueca de apenas seis episódios que achei interessante compartilhar aqui. Chama-se “Gente Ansiosa” e conta a história de uma tentativa de assalto a banco em uma pequena e pacata cidade sueca. O assaltante foge do banco e acaba indo parar dentro de um apartamento que está à venda, e justamente no momento, recebe a visita das pessoas interessadas em comprar o imóvel, que acabam virando reféns. Algum tempo depois, os reféns são liberados e quando a polícia invade o local o assaltante não é encontrado. O mistério leva um dos policiais envolvidos na ocorrência a seguir investigando.
Além de bom humor, a série tem uma construção de personagens muito interessante, bem como a relação que acaba ocorrendo entre eles. Mas o ponto no qual eu quero chegar é a mensagem de solidariedade que ela deixa.
O último episódio é cheio de reflexões. Em um diálogo, uma senhora, cujo filho havia se suicidado anos antes, encontra o homem que foi a última pessoa com quem seu filho havia falado. Este tenta se justificar, pois carrega o peso de não ter conseguido fazer o suicida mudar de ideia. A senhora então lhe diz: “Tenho certeza que você fez o que pôde. É o que fazemos enquanto seres humanos. Se tivermos uma chance de salvar alguém, vamos aproveitá-la”.
Para começar um ano, nada melhor do que olharmos para os outros, e para nós mesmos, com menos julgamentos e mais amor. Por vezes, podemos nos sentir pequenos e até insignificantes diante dos males que afligem a todos nós, seres humanos, e lá pelas tantas, é possível que nos sintamos impotentes e sem forças. Uma possibilidade para combater essa sensação está em olhar para as micro questões, aquilo que nos parece pequeno, mas que pode não ser.
Tem uma frase de Charles Bukowski que diz: “A gente começa a salvar a humanidade salvando uma pessoa de cada vez, todo o resto é delírio romântico ou político.”
