O poder de uma ideia original

Mesmo os negócios mais tradicionais passam por algumas transformações para acompanhar o ritmo contemporâneo. Confira o comentário da jornalista e psicóloga Tamara Bischoff


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Foto: Ilustrativa/Divulgação

No mundo do trabalho, inovar é quase que um mandamento, algo do qual não se pode escapar quando se quer permanecer vivo. Mesmo os negócios mais tradicionais passam por algumas transformações para acompanhar o ritmo contemporâneo. Inovação significa fazer algo novo, diferente do que vinha fazendo. E isso nem sempre é fácil, por vários motivos. Muitas vezes, tem-se ótimas ideias, mas pouca aplicabilidade prática ou resultados duvidosos.

Uma ideia original pode mudar o rumo de um negócio, para o bem ou para o mal. Pensei a respeito disso após assistir ao filme Três Cristos, que é baseado em fatos reais. A história se passa nos anos 50, em um hospital nos Estados Unidos, onde três homens, diagnosticados com esquizofrenia, intitulam-se Jesus Cristo. Eles são tratados com eletrochoques e medicamentos convencionais para a época, até a chegada do psiquiatra Alan Stone, que propõe uma nova abordagem, mais empática: ele quer reunir os três pacientes periodicamente para conversarem e fazer intervenções a partir do que surgir nesses encontros. Mas como essa interação irá se desenvolver e o que dela irá resultar ninguém sabe. De imediato, a inovação incomoda os superiores e causa desconforto para o novo médico.

Em uma cena muito interessante, uma médica mais experiente adverte Stone a respeito das consequências de fazer algo diferente do convencional. Ela cita um poema de Emily Dickinson, ‘But let a splinter swerve’, que é sobre o poder de uma ideia original, sobre como ele pode mover montanhas e deixar um campo de destroços em seu rastro. Ela afirma: “O seu trabalho é inovador, brilhante e perigoso. Decida se as conquistas superam os riscos óbvios”.

A questão é que, na maioria das vezes, não sabemos o tamanho dos benefícios e dos prejuízos que a execução de uma ideia pode vir a ocasionar. Então, antes de mais nada, para ser original, é preciso coragem. Depois, convém uma avaliação crítica constante, especialmente quando há pessoas envolvidas. No filme, o psiquiatra confessa que tem dúvidas sobre sua abordagem, e se questiona o tempo todo, mas a observação dos pacientes aliada a seus estudos o levam a seguir acreditando naquilo que faz.

Einstein tem uma citação que diz: “Se, a princípio, a ideia não é absurda, então não há esperança para ela.” Precisamos estimular e valorizar a originalidade, tão rara hoje em dia.

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