Saúde mental precisa ser encarada como prioridade

Confira a análise da jornalista e psicóloga Tamara Bischoff


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Foto: Reprodução/Pexels

O primeiro mês de 2023 vai chegando ao fim, mas ainda estamos no início do ano, ainda há tempo para começar ou transformar algo em nossas vidas. É com essa ideia, de representar uma tela em branco, um momento de novas oportunidades, que o movimento Janeiro Branco surge, propondo reflexões acerca da saúde mental das pessoas. No entanto, quando nos referimos ao mundo psíquico, ainda temos de lidar com uma série de ideias preconceituosas que acabam pegando carona na desinformação.

É aquela tão conhecida comparação: se alguém está com um problema de saúde do tipo diabetes ou pressão alta, recebe o apoio geral dos mais próximos, que incentivam para que busque ajuda especializada e, assim, resolva seu desconforto e evite consequências mais graves. Já quando se trata de sintomas como ansiedade e depressão, as reações são muito variadas. Há os que sugerem atalhos dos mais diversos, os que minimizam a dor alheia e os que optam por negar a situação, não investindo a devida atenção.

No livro “Meu corpo e suas imagens”, o psicanalista Juan David Nasio diz que não somos nosso corpo em carne e osso, somos aquilo que sentimos e vemos do nosso corpo, e que o que sentimos e vemos muda o tempo todo. Ou seja, nossa mente está diretamente envolvida com nosso corpo, ela se revela por meio dele. Nossos corpos, mesmo quando parados ou em silêncio, contam histórias a nossa respeito.

Precisamos urgentemente encarar a saúde mental com mais interesse, dedicação e responsabilidade. Para isso, é necessário abandonar a ideia de corpo e mente como instâncias separadas e incomunicáveis. Quando olhamos de maneira mais ampla para as pessoas, aumentamos também nossa capacidade de ajudar.

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