Você consegue elogiar um trabalho bem feito?

Admitir quando um trabalho foi bem feito e mencionar a quem o fez é uma ferramenta motivadora


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Foto: Freepik

É motivo de queixa muito frequente entre a classe trabalhadora a falta de reconhecimento por parte dos superiores. Refiro-me aqui especialmente ao tipo de reconhecimento que se dá sob a forma de um elogio. Muitas vezes, o salário está bom, o ambiente de trabalho é agradável, mas falta aquela prova concreta de que você está sendo visto e de que você é importante para aquela organização.

Alguns gestores não se dão conta disso, talvez porque não estão acostumados a elogiar ou porque têm dificuldade em fazê-lo. Existe também aquele pensamento mais ultrapassado de que o empregado, quando elogiado, tende a relaxar e perder qualidade em seu serviço.

Machado de Assis tem uma frase que eu acho brilhante a esse respeito. No conto “O Empréstimo”, ele escreveu “está morto, podemos elogiá-lo à vontade”. Muitas vezes, o elogio só acontece quando a pessoa já se foi, da vida ou daquele espaço: da empresa, do relacionamento. Para alguns, parece tão difícil reconhecer as qualidades na presença do outro, que isso só se torna possível mesmo na sua ausência.

Admitir quando um trabalho foi bem feito e mencionar a quem o fez é uma ferramenta motivadora, capaz de aumentar a autoestima, o engajamento e até mesmo a produtividade.

Algumas pessoas necessitam muito mais desses retornos, são movidas a isso, outras se bancam melhor sem elogios. Isso vai depender da constituição psíquica de cada um. Observar com atenção as pessoas com quem você trabalha pode ajudar muito nesse sentido.

Por outro lado, não é interessante cair na tentação de elogiar por elogiar, sem motivo, porque nesse caso, o resultado pode gerar a reação contrária. Banalizar o elogio deprecia sua importância.

Não deixe para depois o elogio autêntico que você pode fazer agora. Ele é poderoso, capaz de deixar o dia de alguém bem melhor!

Texto por Tamara Bischoff, jornalista e psicóloga

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