Lajeado precisa desembolsar cerca de R$ 10 milhões para preparar lotes que receberão casas levadas pela enchente de setembro

Segundo o prefeito Marcelo Caumo, cada lote custa de 20 a 25 mil reais e o valor estimado considera 400 moradias; residências destruídas pela cheia de maio ainda estão sendo cadastradas


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Foto: Carolina Leipnitz

O prefeito de Lajeado estima que seja necessário retirar cerca de R$ 10 milhões do orçamento municipal para a execução de lotes de terra que receberão casas levadas pela enchente. Segundo Marcelo Caumo, o número considera 400 moradias que precisam ser construídas ainda em decorrência da cheia de setembro de 2023.

“Todos os municípios vão ter muita dificuldade com a execução desses loteamentos. O custo de cada lote varia de 20 a 25 mil reais”, revela Caumo. O processo de loteamento inclui o preparo do arruamento e o fornecimento de energia e água. As casas destruídas pelo desastre de maio deste ano ainda estão sendo cadastradas nos programas.

As residências viabilizadas pelo governo federal devem ser edificadas nos bairros Santo Antônio, Igrejinha, Jardim do Cedro, Conservas, Morro 25 e Conventos. Além disso, a prefeitura procura outros lotes para os programas da Defesa Civil, do Estado e da iniciativa privada. “A gente adotou o critério de construir conjuntos menores numa grande quantidade de bairros”, explica o prefeito.

A prefeitura aguarda o retorno da Câmara de Vereadores sobre o projeto que sugere a construção de 55 novas casas em um novo loteamento no Bairro Jardim do Cedro. O projeto autoriza uma permuta entre a Prefeitura de Lajeado e a Lyall Construtora e Incorporadora, permitindo que a empresa faça os serviços de terraplanagem e preparação dos terrenos para a construção das casas no Loteamento Calamidade. Em troca, a Lyall recebe um terreno, que é a extensão do Parque Linear Engenho, no Bairro São Cristóvão. As casas serão construídas com recursos do governo federal, e a prefeitura arca com os custos de pavimentação, calçada, rede pluvial, energia e esgoto.

“Se a Câmara decidir por não aprovar, a gente vai retirar o projeto e acabar dando outra solução para viabilização desses lotes de construção”, diz Caumo. Ele destaca ainda que as áreas disponíveis para o município são limitadas, por isso é preciso trabalhar com as possibilidades existentes.

“Todos os bairros que vão receber as casas têm alternativas de áreas verdes como grandes equipamentos públicos para fazer o atendimento de cada uma das populações. A gente tem vivido uma tragédia e numa tragédia precisamos avançar em ações que naturalmente não seriam feitas”, finaliza.

Texto: Eduarda Lima
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